(id 560) Capitão, músico militar, chefe de orquestra, compositor e director de coros. Nasceu na vila de Aviz a 23/06/1884. Casou a 7/11/1908 na freguesia da Sé de Elvas. Morreu a 28/06/1952 em Aviz, Elvas. Pai Matias das Dores Mãe Joana das Neves Boto CASAMENTOS/UNIÕES I LAURENTINA TEIXEIRA GUEDES FILHOS Afonso Guedes da Piedade Dinah Guedes da Piedade ---- x ---- Fonte(s): GENEALOGIA DAS FAMÍLIAS ... (Arqº Álvaro Magro de Moura Bessa) pág(s): 147 Regina Maria de Lamares Mendes Guedes da Piedade e Lírio | OUTROS DADOS
(1) - A referida Tuna fez a sua estreia no palco do teatro Circo desta cidade, na noite de 3 de Abril de 1924, por ocasião da festa promovida pelo Orfeão de Braga, cuja execução agradou plenamente à assistência, tendo a imprensa feito referências elogiosas, tanto ao conjunto musical como ao seu “maestro”. A seguir transcrevemos a apreciação do crítico de "O Comércio do Porto", que se lê no respectivo jornal do dia 4 de Maio de 1926(2): "...A terceira parte do programa, que foi preenchida pela Tuna, teve um verdadeiro sucesso, já pela maneira admirávelcomo se apresentaram os executantes, já pelo nervosismo e saber do seu regente, o Snr Guilherme da Piedade, que nas Canções Portuguesas, da sua autoria, se revelou um compositor de alcance, com uma técnica segura. Guilherme da Piedade dirigiu ainda a Tuna Académica do Liceu de Sá de Miranda, de Braga, por ocasião da récita produzida pela aludida Academia, em 1 de Dezembro de 1924 (3). Em 16 de Fevereiro de 1925 regeu no Teatro Circo a opereta militar em 3 actos, "A Bastilha", no espectáculo promovido e desempenhado pelo grupo cénico da Escola Industrial e Comercial de Braga, espectáculo que se repetiu a 23 de Março seguinte, em benefício do Colégio dos Órfãos de S. Caetano. Em 1926, a convite dos interessados, escreveu o Hino-Marcha do Sporting Clube de Braga (op. 109), executado pela primeira vez no Teatro Circo pela Banda do Colégio dos Órfãos de S. Caetano, em 21 de Junho daquele ano de 1926. O referido Hino, pelo qual o capitão Piedade recebeu 60$00, foi escrito para banda e quarteto de cordas com piano. (2) - Só transcrevemos a parte da crítica relativa à Tuna. (3) - A récita foi realizada no Teatro Circo e a Tuna exibiu-se no palco do mesmo teatro. Nos dias 1, 6 e 8 de janeiro de 1928, à frente de uma orquestra com cerca de 25 executantes, dirige, com muito êxito, a opereta sacra O Nascimento do Salvador, levada à cena no extinto Salão Recreativo Bracarense, pela Sociedade Dramática. Entre os vários jornais onde escreveu tratando assuntos de música, mencionamos o "Eco Musical" e o "Diário do Minho", jornal de Braga, onde mantinha uma secção intitulada: Notas ao Vento. Compositor muito competente, escreveu cerca de 122 obras, incluindo trabalhos menos valiosos, sendo consideradas as suas melhores composições: A Lenda de Abrantes (suite sinfónica – op.67), Coutinho-Sacadura (poema heroico – op.83) e Aviz (poema sinfónico – op.114). Além doutras composições, o capitão Piedade escreveu: - 40 marchas (incluindo marchas fúnebres, marchas graves, passo dobles, etc.); - 3 polcas de concerto; - 12 rapsódias; - 7 aberturas de concerto; - 2 aberturas sinfónicas; - 1 fantasia sinfónica; - 2 fantasias para cornetins; - 1 fantasia para clarinete; - 1 fantasia burlesca; - 8 suites (entre as quais duas sinfónicas e uma coreografada); - 5 poemas sinfónicos; - 1 poema heroico; - 1 canção para quatro vozes; - 1 canção para canto e piano; - 1 cânone para quatro vozes; - 1 dueto para flauta e flautim; - 8 hinos; - 1 valsa com solos de bombardino; - 1 quadro sinfónico. sendo a maior parte dos seus trabalhos escritos para banda. Guilherme da Piedade foi regente de banda no Batalhão de Caçadores nº 6, em Castelo Branco, e nos seguintes Regimentos de Infantaria: nº 8, em Braga; nº 10, em Bragança; nº 12, na Guarda; nº 29, em Évora; nº 31, em Abrantes; e nº 33, em Lagos, não tendo nós conhecimento de ter prestado serviço, nessa qualidade, em qualquer outro Regimento. Condecorado com a medalha de comportamento exemplar e com o grau de Oficial da ordem militar de S. Bento de Aviz, deixou o serviço por motivos de saúde (bronquite asmática), passando ao quadro de reserva em 1937. Colaborou no livro "Solfejos Autógrafos de Compositores Portugueses", de Tomás Borba. Alfredo Pinto (Sacavém), na sua Antologia sobre João de Deus, dedica algumas palavras a Guilherme Piedade, a propósito duns versos do livro "Campo de Flores" que este musicou para vozes, inserindo ainda uma lista com algumas das suas composições. Era casado com D. Laurentina Teixeira Guedes da Piedade (natural de Lamego e filha do falecido capitão chefe de música, Evaristo António Guedes), excelente copista e pianista que lhe prestou um valioso auxílio, copiando os papéis soltos e partituras que o marido necessitava para o seu trabalho. Faleceu este distinto chefe de música e compositor na sua casa de Aviz, no dia 28 de Junho de 1952. Recordando o seu nome, prestamos a nossa modéstia mas sincera homenagem à memória do saudoso amigo e nosso primeiro professor de Harmonia, que tanto amor dedicou à sua arte, à arte sublime da sua profissão (4).
(4) - Os elementos para a presente biografia, quase na sua totalidade, foram-nos gentilmente fornecidos pela Ex. ma Senhora D. Dinah Guedes da Piedade e pelo seu irmão, Snr. Engenheiro Afonso Guedes da Piedade, filhos do nosso biografado, a quem manifestamos aqui o nosso profundo reconhecimento. |
Genealogia da família Magro (ramo de Montalegre) e das que a ela estão ligadas; Fraga Lamares, Moura Bessa, Borges de Araújo, Pinho Valente, Silva Vernetti e outras
Mostrar mensagens com a etiqueta id 560. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta id 560. Mostrar todas as mensagens
terça-feira, 12 de março de 2024
GUILHERME JOAQUIM BOTO DA PIEDADE
Subscrever:
Mensagens (Atom)