(id 874)
Nasceu a 25/12/1682 na freguesia de Nª Srª da Victória, cidade do Porto. Assentou praça de soldado no Terço da dita cidade, andou nas guerras, fez muitos serviços aos reis D. Pedro II, D. João V e D. José I. Foi Vedor-Geral e Contador da Gente de Guerra e Juiz Conservador dos Assentos das Munições de Boca. Casou a 1ª vez a 24/03/1704 na na freguesia de Nª Srª da Vitória, Porto. Casou 2ª vez a 19/02/1708 na mesma freguesia.
Morreu a 08/01/1761, na freguesia de Stº Ildefonso, Porto.
PAIS Silvestre de Almeida Beça* Teresa Moreira*
CASAMENTOS/UNIÕES I CATARINA MARIA
II ANA MARIA DE ARAÚJO* 1689/1743
FILHOS Engrácia Teodora de Almeida Magalhães Angélica António José de Almeida Beça Pedro da Costa Ferreira de Almeida Beça Santos Manuel de Beça Joana Magalhães Araújo Doroteia Angélica de Almeida Beça* Inácio Frei Manuel do Amor Divino Beça José Frei José da Caridade Beça Valentina --------------
* - Ascendente de Cláudia Magro ---- x ----
Fonte(s): GENEALOGIA DAS FAMÍLIAS ... (Arqº Álvaro Magro de Moura Bessa) pág(s): 3, 49
Manuel de Almeida Beça foi sepultado na igreja de S. Francisco, na cidade do Porto, conforme certidão que se transcreve passada a requerimento de seu filho António José de Almeida Beça.
".....Fr. Jozé Mª do Bom Pastor Preg.r e sacristão mor deste / conv.to do N.S.P.S. Franc.º, desta cid.e do Porto. Certifico / aos senhores q. apres.te virem, em como em o livro q. nes / ta sacristia serve com o asento das pesoas q. se enterrão / nas sepulturas da Igrª deste m.º conv.to nelle a folhas / cincoente ecoatro está o acento de q. faz mençam / apetição supra na forma seguinte: / Sepultura da Igrª N.-66-6 em/ Em nove de Jan.º de mil sete centos e / setenta ehu foi sepultado Manoel de Almdª / Beça Vedor Geral dagente de Guerra e Conta / dor da Contadoria da Cid.e e partido do Porto e Con / servador dos asentos das Muniçoens de boca do / m.º partido com oitenta anos de id.e e dezaseis / dias, natural da Freg.ª da Vitória, filho legítimo / de Sylvestre de Alm.ª Beça e Theresa Moreira/.........."
Assentou praça, como soldado, no Terço da cidade do Porto, andou na Guerra da Sucessão da Espanha, no Alentejo, e em Castela e prestou muitos outros serviços aos reis de Portugal, D. Pedro II, D. João V e D. José I. Como recompensa foi distinguido com a nomeação para vários cargos e algumas mercês, tais como:
Oficial da Vedoria da cidade do Porto, nomeado por D. João V conforme registo, a fl. 238, do livro 1º das Patentes e Alvarás da cidade do Porto, em 21.5.1707.
Comissário de Mostras ad honorem por alvará de D. João V, conforme registo, a fl. 51, do livro 4º dos Alvarás dos Oficiais da Fazenda, de Lisboa, em 17.7.1745.
Vedor Geral da Vedoria da cidade do Porto, com soldo de 16.000 reis e mais 4.000 reis de ração de um cavalo, "gozando de todas as honras, privilégios, liberdades, isenções, franquezas e jurisdições que lhe competem", por Carta Patente de D. João V de 17.2.1748, conforme registo, a fl. 135, do livro que na secretaria da Junta dos Tês Estados(1) serve de registo de Padrões Apostólicos e Cartas Patentes, em 10.3.1748.
Hábito de S. Tiago e Espada com tença de 20.000 reis anuais, por mercê de D. João V de 23.3.1745.
Fonte: Arqº Álvaro Magro de Moura Bessa - Genealogia das Famílias Almeida Beça, Moura, Fraga Lamares...
(1) A Junta dos Três Estados era um dos órgãos da administração central portuguesa criado pelo rei D. João IV, em alvará de 1643, por imposição das Cortes no ano anterior, para administrar os tributos lançados para custear as despesas militares decorrentes da Guerra da Restauração da Independência, entre Portugal e Espanha, provocada pela conspiração que, em 1 de Dezembro de 1640, pôs fim ao domínio filipino em Portugal. Juntamente com o Conselho de Guerra e o Conselho Ultramarino completava esse grupo de aconselhamento do monarca. A sua acção tinha um poder vigilante em relação à governação monárquica, controlando-a e velando para que se não verificassem exageros decorrentes de um poder absolutista.
Depois continuou a sua actividade tendo como atribuição de administração das verbas necessárias à manutenção do aparelho militar, desde a gestão das receitas provenientes de diversos impostos, até à sua aplicação no pagamento do soldo aos militares, no aprovisionamento de víveres, de fardamentos, de munições e armamento, na construção e manutenção de fortificações e quartéis militares, entre outras.
Os ocupantes da Junta dos Três Estados eram recrutados entre membros da nobreza e da burguesia, deixando transparecer o esforço de D. João IV para renovar e elevar os seus membros.
Em 14 de Janeiro de 1791, foi entregue à Junta a inspecção sobre a economia, provimento e regime do Arsenal Real do Exército. Sendo depois alargado o seu âmbito, em 21 de Outubro, para a inspecção e administração de todos os arsenais, terças e armazéns do Reino, assim como, de todas as intendências das fundições de artilharia e laboratórios dos instrumentos bélicos (excepto a fábrica de pólvora).
Em 8 de Abril de 1813, foi extinta, passando para o Conselho da Fazenda a inspecção sobre os direitos reais e para o Conselho de Guerra a inspecção das coudelarias.
Fonte: Wikipédia
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